No âmbito do projecto “My Polis nas Escolas”, promovido pela Câmara Municipal de Guimarães, decorreu no passado dia 7 de junho, no Salão Nobre daquela Autarquia, uma Assembleia de Transformadores Sociais, presidida pela Senhora Vereador da Educação e Vice-presidente, Dr.ª Adelina Pinto e contou com a participação dos alunos do 5.º ano das escolas e agrupamentos do Concelho e da turma D do 5.º ano em representação do nosso agrupamento.
O Projeto My Polis é um projeto de cidadania ativa onde os alunos são desafiados a identificar problemas da sua comunidade, da sua escola, do município, mas também a apresentarem soluções para os resolver.
Nesta conformidade, durante o projeto que decorreu ao longo do 3.º período, os alunos foram convidados a olhar e a pensar de forma crítica para as suas localidades, a sua escola o seu município, a investigar e a fazer o levantamento das necessidades e a encontrarem soluções incríveis e inovadoras para as resolver.
Com este processo pretendia-se não só que os alunos se pudessem assumir como agentes transformadores do seu próprio território, mas também conhecer o processo de tomada de decisão através de dinâmicas de carácter prático, onde lhes foi dada a oportunidade de vivenciarem o funcionamento de uma Assembleia.
Resta-nos referir que a turma D do nosso agrupamento optou por escolher um problema social que está relacionado com a forma como os alunos interagem no contexto escolar e que é muito difícil, para não dizer impossível, de resolver, sobretudo, individualmente. Estamos a falar do Bullying no contexto escolar.
A solução incrível e inovadora proposta por aquela turma para ajudar a resolver, ou pelo menos diminuir este problema, passa pela Implementação de uma política municipal contra o bullying em contexto escolar, devendo para o efeito, o Município:
- criar o dia Municipal da luta contra o Bullying escolar (Início do ano letivo) e desenvolver em todas as escolas e agrupamentos do Concelho uma campanha de sensibilização contra o Bullying através de cartazes, conferencias ou palestras, debates, atividades lúdicas, exercícios de técnicas de atenção plena e sensibilização por meio de filmes, livros e outros recursos didáticos com o objetivo de promover uma cultura de paz e segurança nas escolas a partir do desenvolvimento de habilidades e competências socio emocionais dos alunos, reforçando o respeito e acolhimento das diferenças.
- Criar um gabinete municipal de apoio à vítima de Bullying escolar, onde a “vítima”, ou quem tenha conhecimento de situações de Bullying na escola, possa denunciar sem medo os agressores/situações, onde a vítima possa encontrar apoio para “aprender” estratégias para lidar com a situação, melhorar a sua autoestima e amor próprio.
- Criar um gabinete municipal de reeducação do agressor, onde agressor tenha ajuda psicológica e aprenda a gerir as suas emoções de modo adequado e não “descarregue” as suas frustrações no outro.
Resta-nos referir que, não só a importância deste problema foi reconhecido naquela assembleia, como a proposta de solução apresentada foi bem acolhida, embora se tenha reconhecido que apesar de poder ser concretizada com a colaboração da Autarquia, exige “a força do território”, isto é, que todos, todos, todos … os alunos, escolas, pais e encarregados de educação, sociedade civil em geral se empenhe e comprometa com aquela solução.
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